Quase Sagrado

  • Autor: Luiz Carlos Mariano da Rosa
  • Biografía Autor: Luiz Carlos Mariano da Rosa
  • Género: Poesía
  • ISBN: 978-85-68078-00-6
  • Nº Páginas: 123
  • Encuadernación: Tapa blanda
  • Año: 2014

“O pensador diz o ser. O poeta nomeia o sagrado.” [Martin Heidegger] Deixando “transparecer” um mistério do Ser, a poesia fenomenológica e neo-simbolista de Quase Sagrado converge para uma mediação entre existência e transcendência através de um conteúdo que desnuda o diálogo entre a finitude e a infinitude que se impõe à experiência do homem como um ser em devir, remetendo à dimensão metafísica da realidade vivida e à linguagem como possibilidade de revelação do Absoluto em uma relação que atribui ao poético a condição originária, qual seja, um lugar de escuta e de resposta que mais do que a representação das coisas, se lhes confere ser e presença. Propondo uma viagem interior ao Ser através de uma abordagem meditativa que possibilita a emergência do essencial em sua condição oculta, Quase Sagrado desvela a riqueza do mistério inesgotável que envolve a Sua manifestação que, escapando ao exercício de fundamentação atrelado ao pensamento, mantém-se sob o abrigo da linguagem que, longe de consistir em um mero instrumento de comunicação ou exteriorização, encerra o pertencimento do homem em sua individualidade concreta e subjetividade empírica às fronteiras da linguagem e implica que a relação do sujeito com a linguagem acena com a sua própria relação com o Ser. Dessa forma, convergindo para o mítico abismo da origem, Quase Sagrado escapa à concepção humanista que atribui ao homem o poder de autoconstituição do eu transcendental e a capacidade de autossuficiência, na medida em que pretende conservar a precariedade da condição que caracteriza a relação do sujeito com o Ser através do simbólico e da linguagem da metáfora que, dialogando com o horizonte pobre e fragmentário do claro-escuro, encerra a possibilidade de revelação que o atalho lógico-racional nega, tendo em vista guardar o sentido que somente emerge na errância e no jogo sem cálculo e destituído de objetivo de um pensamento que não impõe à verdade uma noção baseada na certeza das representações do sujeito em sua ilusória soberania mas vislumbra na sua constituição a ocultação e a dissimulação em um movimento que implica o desvelamento do Ser e o retorno ao seu fundamento.

Deja un comentario

Estás comentando como invitado.

El envío de comentarios está sujeto a los siguientes Términos de uso.